Resuma o texto abaixo em três frases:
1) GESTÃO DEMOCRÁTICA NA
ESCOLA: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Há alguns anos, a escola tem-se caracterizado por um modelo
estático e segmentado, onde não há participação dos seus envolvidos. Por muito
tempo, o modelo de administração escolar predominante era centrado na figura do
diretor, que atuava tutelado aos órgãos centrais, zelando pela realização das
normas, determinações e regulamentos providos pelos demais sistemas de ensino
(LÜCK, 2006).
Em relação a este modelo estático e fragmentado, Paro
(2006) concorda que atualmente a escola está pautada pelo autoritarismo em seu
cotidiano e pela falta de participação de seus interessados, o que não condiz
com a democracia alcançada por meio da transformação da sociedade.
Ao contrário da visão centrada na figura do diretor, Paro
(2006) e outros autores propõem a democratização da escola. Sendo assim, é de suma
importância a necessidade de se propor à organização escolar fundamentos
democráticos. Para tanto, é preciso que todos os envolvidos no processo escolar
participem das decisões a seu respeito.
Deste modo, podemos inferir que a gestão democrática é um processo
pelo qual há o envolvimento e a participação de pais, alunos, professores e
funcionários, assegurada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), especificamente em seu artigo 14,
preconizando que:
[...] os sistemas de ensino definirão as
normas da gestão democrática do ensino público na educação básica de acordo com
suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I- participação dos
profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II-
participação da comunidade escolar local em seus conselhos escolares
equivalentes.
A gestão democrática se caracteriza pela colaboração de
todos seus atores. Como tal ocorre a partir do momento em que todos os setores
da escola participam efetivamente, através da elaboração de projetos
pedagógicos ou por outras formas de participação, o que envolve não somente
profissionais da educação, mas também a comunidade.
De acordo com Lück (2006), a democratização dos processos
de gestão da escola está estabelecida na Constituição Federal de 1988, na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional de Educação.
Estas normas legais enfatizam a importância da ação coletiva compartilhada, a
descentralização dos processos de organização, a tomada de decisões, a
construção de autonomia e, principalmente, a consciência das escolas da
necessidade de uma gestão democrática, em todos os níveis de ensino.
Além disso, é importante salientar que 1 CONAE
(Conferencia Nacional da Educação Básica), realizada pelo MEC em 2008, ressalta
a importância da democratização da educação brasileira para um ensino de
qualidade, de tal modo que:
[...] a democratização da gestão e a educação
com qualidade social implicam a garantia do direito à educação a todos, por
meio de políticas, programas e ações articulados para a melhoria dos processos
de organização e gestão dos sistemas e das escolas, privilegiando a construção
da qualidade social inerente ao processo educativo. (MEC, 2008, p.14)
Dessa forma, a gestão democrática ocorrerá nas instituições
educacionais, especificamente nas instituições públicas, a partir do momento em
que for conquistada a participação de todos os segmentos da escola nas tomadas
de decisões, sejam sobre seus objetivos ou seu funcionamento. No entanto, há um
caminho a ser trilhado por nossas escolas para o alcance deste objetivo, ao
exigir melhores condições de trabalho e ao pressionar os escalões superiores
para obter autonomia de recursos financeiros e para desempenhar melhor seu
papel, o de transformação social (PARO, 2005).
Assim, a escola democrática se caracteriza por iniciativas
coletivas e autônomas de todos, com iniciativa de participação, mediante
organização e controle interno com prestação de contas e transparência à
comunidade.
É o que podemos inferir a partir da seguinte afirmação:
O postulado democrático de orientação dos
processos sociais da escola implica, portanto, o construir juntos, vivenciado
no plano interpessoal, do respeito ao outro como sujeito, como ser humano,
[...] a consideração das diferenças individuais e exercidas em nome do
aprimoramento e enriquecimento do processo coletivo como um valor (CARDOSO apud
LÜCK, 1995, p. 57, Vol. III)
Além disso, a gestão democrática pode ser considerada como
um processo que proporciona a participação dos membros da escola coletivamente,
mas não deve ser tão somente a tomada de decisão; por isso, torna-se necessário
que estes membros se responsabilizem por tal decisão.
Em contrapartida, Pedro Demo (1999) ressalva que há
instituições que contradizem a concepção democrática, insinuando que o
autoritarismo é mais eficaz, visto que as decisões são mais rápidas e muitas
vezes já foram tomadas, enquanto que pelo viés democrático o processo é um
tanto quanto trabalhoso, já que todos necessitam opinar. Por isso, para Demo
(1999), a democracia é de suma importância:
Por maiores defeitos que democracia possa
apresentar, ainda é expediente mais confiável de controle de poder, de rodízio
no poder, de equalização de seu acesso, de redução da corrupção, de coibição de
demagogias e populismo, e assim por diante (DEMO,1999, p.39).
Nota-se a dificuldade das organizações diante da criação do
hábito de serem democráticas, por ser a democracia considerada por muitos como
algo complicado. Para alguns gestores, o processo de todos opinarem,
comparecerem, decidirem juntos condiciona uma forma penosa de administrar; para
eles, as discussões tornam-se intermináveis e incontroláveis, por onde emergem
o cansaço e a decepção, além do reconhecimento precipitado de que a democracia
não leva a lugar algum (DEMO, 1999).
Apesar disso, é importante salientar que a gestão
democrática nas escolas proporciona um melhor entendimento do que é gerir, pois
não é só o gestor que tem o poder de decisão, e sim todos os interessados,
visto que, pelo princípio democrático, as decisões são realizadas
coletivamente.
No entanto, é preciso entender melhor o que seja a
participação nesta perspectiva; por isso, a seguir demonstraremos como ela é um
elemento essencial para a democratização, pois sem tal participação não há
democracia.
2) Participação: um elemento essencial para democratização
da escola
A gestão democrática não ocorre sem a participação. Ela é
um componente fundamental para o processo de democratização da escola. Porém,
tal participação é considerada utópica. Etimologicamente, utopia significa um
processo que não se realiza, mas é um componente da realidade; portanto, ela
expressa a necessidade inacabável de superação histórica (DEMO, 1999).
A democracia e a participação são inseparáveis; são
considerados termos intrínsecos e um conceito remete ao outro. Não obstante,
essa reciprocidade nem sempre ocorre. Apesar da democracia ser inexecutável sem
participação, é possível observar que ainda ocorre nas escolas participação sem
espírito democrático (LÜCK, 2006).
Do mesmo modo, Demo (1999) faz uma analogia entre democracia
e participação, mas afirma que a participação é exercício democrático. Com
relação ao exercício da democracia, pode-se apontar que:
[...] através dela aprendemos a eleger, a
deseleger, a estabelecer rodízio de poder, a exigir prestação de contas, a desburocratizar,
a forçar os mandantes a servirem à comunidade, e assim por diante. Sobretudo,
aprendemos que é tarefa de extrema criatividade formar autênticos
representantes da comunidade e mantê-los como tais (BOBBIO apud DEMO, 1999, p.
71).
Importante que a participação seja compreendida como um
processo dinâmico e cooperativo que supera a tomada de decisão, já que se
caracteriza pelo compartilhamento e pela presença do cotidiano na gestão
educacional, com busca, por seus interessados, pela superação de seus desafios
e entraves, além da realização de seu papel social e do desenvolvimento de sua
identidade.
Esta se caracteriza por uma mobilização individual para
superar atitudes de comodismo e individualismo, e tem como objetivo incentivar
o trabalho de todos em equipe. Todavia, para muitas escolas, participar é
desnecessário, talvez por ser algo cultural ou ainda porque, em nosso
cotidiano, seja mais prático receber tudo o que esteja pronto e legitimado.
Logo, pode-se inferir que a participação é uma conquista:
Dizemos que participação é conquista para
significar que é um processo, no sentido legítimo do termo: infindável, em
constante vir-a-ser, sempre se fazendo. Assim, participação é em sua essência
autopromoção e existe enquanto conquista processual. Não existe participação
suficiente, nem acabada. Participação que se imagina completa, nisto mesmo
começa a regredir (DEMO,1999, p.18).
A partir desta afirmação, percebe-se como ela não pode ser
compreendida como uma dádiva, como uma concessão ou como algo já preexistente;
por isso, ela é considerada uma conquista.
Lück (2006) faz referência ao processo participativo dentro
das escolas, ao ressaltar que a participação eficaz implica que os professores
discutam e analisem coletivamente a problemática pedagógica imanente à
organização escolar. A partir dessa constante análise, eles terão a
possibilidade de determinar meios para superar as dificuldades que julgarem
como prioridade, além de assumirem o compromisso de transformar suas práticas.
Percebe-se que o processo de participação é uma forma de
todos tomarem as decisões conjuntamente, ao solucionarem os problemas e os
desafios enfrentados. No entanto, é necessário que essas propostas sejam
apontadas por todo o grupo, e não somente pelo diretor e por sua equipe. Consequentemente,
este é o espírito de coletividade que condiz com a democratização da escola.
Sendo assim, participar significa:
[...] compartilhar poder, vale dizer, implica
compartilhar responsabilidades por decisões tomadas em conjunto como uma
coletividade e o enfrentamento dos desafios de promoção de avanços, no sentido
de melhoria contínua e transformações necessárias (LÜCK, 2006, p.44, Vol. III).
Por isso, a participação é vista como uma prática
compartilhada de tomada de decisão nas escolas. Segundo Lück (2006), porém, tal
prática tem sido considerada uma falsa democracia, já que os professores
geralmente se reúnem e tomam as devidas decisões, ou nem chegam a se reunir
pela falta da realização de encontros. Acredita-se, por isso, que é importante
a consciência dos profissionais da educação em promover e propor formas de
participação.
O processo de participação surge de um princípio em que
todos estão envolvidos, visto que permeiam todos os segmentos, os espaços da
vida escolar e os processos do sistema de ensino, de acordo com os princípios
democráticos, orientadores da construção conjunta. Por conseguinte, a
participação:
[...] não é privilégio, ou idiossincrasia de
determinados grupos, e sim condição geral, caracterizada pela reciprocidade
expressa em todos os segmentos, meandros e momentos das interações na unidade
social, seja do sistema de ensino, seja da escola, seja entre sistema de
ensino. Constituindo-se a reciprocidade em condição inerente ao processo de
participação, pressupõe-se, portanto, como um elemento componente da vida
social organizada da unidade social, que, ao mesmo tempo, é processo e chave de
enfrentamento de desafios (LÜCK, 2006 p. 63 e 64, Vol. III).
Deste modo, pode-se dizer que é um processo a direcionar os
envolvidos a uma finalidade. É um ato a ser conquistado pelo grupo e abrange
muito mais que participar por participar, pois envolve compromisso e
responsabilidade de todos. Considera-se tal ato não como um fim e sim um meio,
algo que difere da mera participação pela participação, principalmente pelos
resultados alcançados, pelo desenvolvimento das relações, pela qualidade do
trabalho pedagógico e especialmente por promover a experiência democrática.
(LÜCK, 2006)
A partir dessas considerações, pode-se afirmar que, através
da participação, é possível promover na escola um ambiente democrático e, por
isso, é considerada como um elemento fundamental da democracia, pois sem ela
não se tem condição de apontar um legítimo processo democrático.
No entanto, não há processo participativo e nem democracia
sem o envolvimento de todos os segmentos da escola, o que inclui comunidade,
alunos, professores e até funcionários que, de uma forma ou de outra,
influenciam o trabalho pedagógico, como veremos a seguir.
3) Participação de todos os
envolvidos na escola
Como vimos anteriormente, a Gestão Democrática ocorre a
partir do momento em que há um envolvimento coletivo; porém, ao apontar a
participação, principalmente da comunidade, percebe-se um processo com
perspectivas quase utópicas, já que a escola pouco conhece a comunidade em que
atua, logo:
Como podem administradores e professores
desempenhar bem o seu trabalho se não conhecem a comunidade em que a escola
está localizada? Como pode a escola atingir seus objetivos se desconhece as
condições de vida e as aspirações da comunidade de que provêm seus alunos? É
simplesmente impossível (PILETTI, 2002, p.139)
Ainda de acordo com o autor, é importante que a escola
tenha informações gerais sobre a comunidade, e que esses dados sejam analisados
e discutidos por seus profissionais. Além disso, é necessário saber informações
de cada aluno e de sua família, em específico. Dessa forma, o trabalho da
escola não será isolado, alienado da realidade local, mas estará associado a
esta realidade e contribuirá muito mais para o desenvolvimento, tanto dos
alunos quanto da comunidade.
O conhecimento da realidade da comunidade é muito
importante, principalmente porque muitos funcionários da escola moram em outras
comunidades e muitas vezes a realidade é totalmente diferente. No entanto, a
partir do momento em que a escola tem o interesse de conhecer melhor o local em
que atua certamente terá melhores condições de atender a sua comunidade.
De acordo ainda com Piletti (2002), um meio pelo qual a
escola tem para conhecer a realidade da comunidade é através da comunicação
constante. Por meio do diálogo, a escola poderá descobrir o que espera a
família em relação ao trabalho pedagógico. Esta obterá a oportunidade de conhecer
o que a escola pode proporcionar além do ensino-aprendizagem e auxiliar o
próprio trabalho, aproximando-o das prioridades das famílias.
Já Pedro Demo (1999) ressalva que o planejamento
participativo não evita, por exemplo, que se procure persuadir a comunidade da
necessidade de determinada ação, desde que o processo de convencimento se
realize a partir de um espaço conquistado, levando em conta a contribuição da
comunidade e sua potencialidade, deixando-se, além disso, convencer a
comunidade do contrário.
Lück concorda com a participação da comunidade dentro da
escola, mas procura salientar que "em geral, os pais pouca participação
exercem na determinação do que acontece na escola" (LÜCK, 2006, p.83,
Vol.III).
Por isso, a participação da família por si só é um processo
de conquista, mas muitas vezes ocorre um desleixo por parte dos pais ou até
mesmo da escola. Deste modo, nota-se que os pais culpam a escola por não
quererem sua participação, e a escola os acusam por não se interessarem pela
educação de seus filhos.
A escola torna-se apreensiva em relação à participação de
algumas famílias exageradamente eloquentes ou geniosas, e que tentam impor uma
vontade para “facilitar” seus interesses ou de seus filhos, distante do desejo
de melhorar a qualidade do ensino, segundo a opinião de alguns gestores e
professores. Assim, os dirigentes escolares não apenas evitam ouvir os pais,
como também limitam a abertura do espaço para participação. Além disso,
percebe-se que a escola age dessa forma por ter receio de perder domínio ou sua
autoridade (LÜCK, 2006).
A participação da família tem-se tornado cada vez mais
difícil, diante do desinteresse da escola em ampliar a atuação da comunidade.
No entanto, não basta só a escola ceder mais espaço para que os pais participem;
é preciso que haja interesse por parte deles em participar da vida escolar de
seus filhos.
Paro faz referência à articulação entre a comunidade
escolar e os escalões superiores, já que, segundo o autor:
[...] uma medida constitucional de caráter
geral poderia concorrer para que a escola, enquanto instituição articulada com
os interesses dominados tivesse facilitada sua atividade de pressão junto ao
Estado, na medida em que, por meio de uma associação de pais ou entidade
semelhante, pudesse defender mais efetivamente seus direitos com relação ao
ensino (PARO, 2005, p.13).
Mas, “não basta permitir formalmente que os pais de alunos
participem da administração da escola; é preciso que haja condições materiais
propiciadoras dessa participação” (PARO, 2005, p.13).
Afirma ainda que, para ocorrer tal participação, é
necessário que o Estado disponibilize ao trabalhador horas disponíveis. Porém,
percebe-se que, na realidade, além de não haver projetos para promovê-la, o
Estado não proporciona à comunidade outros meios para que isto ocorra. O ato de
participar, como vimos, não envolve só o interesse da escola ou da família,
pois é necessário também um processo de democratização nos escalões superiores,
por ser uma ação que abrange a todos, como afirma Paro:
Se a escola não participa da comunidade, por
que irá a comunidade participar da escola? Isto deveria alertá-los para
necessidade de a escola se aproximar da comunidade, procurando auscultar seus
reais problemas e interesses [...] (PARO, 2005, p.27).
Na realidade, tanto a escola não participa da comunidade
como a comunidade não participa da escola. Segundo Lück (2006), a participação
das famílias é muitas vezes esperada para tratar de questões da vida escolar,
ou seja, aspectos físicos e materiais e, além disso, tão somente para
acompanhar os filhos com problemas comportamentais ou de aprendizagem. Ainda de
acordo com a autora, algumas diretoras acreditam que:
[...] os pais que deveriam vir à escola, são
os menos que vem, dizem diretores, sugerindo, ao mesmo tempo, que não adianta
realizar reunião de pais na escola, e que essas reuniões são para os pais de
alunos com problemas (LÜCK, 2006, p. 74, Vol. III).
Cabe a escola se conscientizar sobre o que realmente é
participação e qual é a importância do envolvimento da família com a escola. É
importante lembrar que comparecer a uma mera reunião, apenas para tomar
conhecimento de questões comportamentais, está distante do que se entende por
participação.
Há estudos que comprovam que a participação dos pais na
escola é essencial. Por isso, a presença da família na vida escolar tem sido
apontada, por meio de várias pesquisas, como um dos indicadores na determinação
da qualidade do ensino, já que pais atuantes e participantes possuem filhos que
aprendem mais.
Portanto, há várias formas de interação escola e família,
como pode-se inferir através da seguinte citação:
O apoio da comunidade é efetivo quando ocorre
num ambiente de interação entre a comunidade e o pessoal da escola, de tal
maneira que atuem em conjunto e em associação como elementos de apoio da
aprendizagem e da própria gestão da escola e não apenas como apoiadores para a
melhoria das condições materiais e financeiras da escola. O apoio da comunidade
para as questões nutricionais e de saúde dos alunos tem demonstrado ser
extremamente importante, na promoção de aprendizagem dos alunos, assim como
reforço no desenvolvimento de valores positivos nos alunos (LÜCK, 2000, p.16).
Contudo, a família e a escola se complementam mas não se
completam, já que cabe a ambas distinguirem claramente suas funções, para não
transferir a responsabilidade de uma para outra. Desta forma, estarão unidas em
torno de um objetivo comum, que envolve a aprendizagem e o bem-estar do aluno.
No entanto, não basta à escola permitir que a família
participe, sem promover a própria participação de seus funcionários, sejam
estes professores, gestores, diretores, enfim, todos os que compartilham o dia
a dia escolar, que de forma direta e indireta contribuem para o trabalho
educativo.
Percebe-se que na escola, além da pouca participação dos
pais, existe uma atuação limitada dos seus profissionais. Os gestores, apesar
de verem a necessidade da gestão compartilhada para a construção da realidade
de que fazem parte, não a praticam em suas escolas.
Com relação à participação dos professores na construção da
realidade da escola, Lück (2006) ressalta que alguns gestores encaram a
participação dos professores como sendo ao mesmo tempo crucial e problemática.
Neste caso, cabe ao gestor amenizar os problemas irrelevantes e enfatizar a
importância de uma pratica reflexiva, isto é, uma prática educativa mais
consciente de seu papel, que é o ensino e aprendizado dos alunos e,
principalmente, a qualidade do trabalho pedagógico.
Apesar de alguns gestores considerarem pouco importante a
participação dos professores, acredita-se que a participação deles na gestão da
escola é tão importante quanto à participação dos demais interessados, visto
que o professor está a todo o momento com os alunos e conhece suas dificuldades
e necessidades, algo que pode efetivamente auxiliar o gestor.
Entretanto, não adianta promover só a participação de
professores e funcionários sem envolver a comunidade dentro do ambiente
escolar, já que, de acordo com Lück (2006), longe de promover a conscientização
de um ambiente democrático e autônomo, prescindir da presença da comunidade,
apenas reforça a prática do autoritarismo dentro da escola.
De acordo com os princípios democráticos, não existe
participação isolada. Deste modo:
Estabelecer vínculos de liderança e tomada de
decisão compartilhada entre membros da equipe de gestão escolar inclui
funcionários da secretaria da escola e também operacionais sobre questões que
afetam sua atuação. Não fazê-lo representa criar bolsões de ineficácia na
escola e situações de desgaste e até mesmo de atrito intergrupais (LÜCK, 2006,
p.82, Vol. III).
O ato de participar vindo de pais, alunos, funcionários e
professores proporciona à escola uma qualidade em seu trabalho educativo, uma
vez que, através desta participação, a escola conseguirá atingir seus
objetivos. Contudo, observa-se que, por mais que todos desejem participar, é
necessário que exista um responsável que mobilize e promova este processo.
Diante disto, surge a figura do Gestor.
Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-participacao-comunidade-escolar-para-uma-gestao-democratica-qualidade.htm
Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-participacao-comunidade-escolar-para-uma-gestao-democratica-qualidade.htm
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